Romantismo Brasileiro
A Primeira Fase
História do Romantismo no Brasil

No Brasil, o momento histórico em que ocorre o Romantismo tem que ser visto a partir das últimas produções árcades, caracterizadas pela satírica política de Gonzaga e Silva Alvarenga, bem como as idéias de autonomia comuns naquela época. Em 1808, com a chegada da corte, o Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas influências européias; a Colônia caminhava no rumo da independência. Considera-se que o período romântico no Brasil inicia em 1836, com a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, do poeta Gonçalves de Magalhães e vai até o ano de 1881, com a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
O desenvolvimento da literatura brasileira propriamente dita aconteceu a partir da vinda da Família Real para o Rio de Janeiro que gerou um forte desenvolvimento artístico e cultural na colônia, agora afinado com a produção literária europeia. Porém, a insatisfação das classes dominantes com o Império fez com que surgissem tentativas de independência da metrópole, produzindo um sentimento de nacionalismo que culminaria com a Declaração da Independência, em 1822, por Dom Pedro I.
Outro aspecto importante é com relação à escravidão dos negros: o Brasil era uma das poucas colônias americanas que ainda sustentava o sistema econômico baseado do trabalho escravo, o que gerou opiniões controversas por parte dos autores daquela época. Temos expressões literárias abolicionistas (p. ex.: o poeta Gonçalves de Magalhães) e outras que tratavam do tema superficialmente (p. ex.: o romancista Bernardo Guimarães) ou sequer tocavam na questão.
Com a independência das colônias latino-americanas impulsionou um sentimento de nacionalidade diretamente refletida pela literatura. A formação dessas literaturas esteve a cargo de autores que projetavam os ideais de uma nação em crescimento e desenvolvimento e que até hoje são considerados constitutivos da história da nação. No entanto, essa literatura fundacional e canônica da América Latina é revista por muitos professores, críticos literários e historiadores pois apresentam apenas uma visão referente à formação das nações latino-americanas.
Von Martius e o "gênero" do povo brasileiro

Em 1840, Von Martius vencedor de um concurso que premiou o trabalho que apontassea melhor maneira de compor uma história geral do Brasil.
Em seu trabalho, ele destacou a importância das três raças que aqui se encontravam, estes que deram a formação do povo brasileiro. Von acreditava na ideologia romântica que levava em consideração que só o que era nativo pode ser entendido como nacional. Portanto ele priorizou os povos indígenas, sendo estes as representantes da essência da nacionalidade.